Pov de Tom
Eu ainda não conseguia acreditar no que estava me acontecendo, eu e Manu juntos, está sendo mais que perfeito. Ok pode ter soado um pouco gay –nada contra- mas é ótima a sensação de estar junto de quem se ama, não da pra explicar com palavras.
Passamos o dia todos juntos nos divertindo pela cidade, e depois de muita conversa achamos melhor manter tudo em segredo para não causar mais brigas. Já eram umas 4 horas da tarde quando finalmente voltamos pro chalé, e logo de cara deu pra perceber o clima entre Manu, o Gê e Bill.
Enquanto ela foi para o quarto tomar um banho, fui conversar com os rapazes sobre o que aconteceu. Gustav me contou tudo em detalhes, assim que ele terminou, minha vontade era de socar esses dois idiotas.
_ Vocês tem noção do que estão fazendo com a Manu? –Eu disse seriamente. –Ela já está sofrendo por causa do padrasto e do irmão dela, aí vem as duas lindonas aí e terminam de detonar a garota? Se não fosse eu passar na estrada àquela hora da manhã, há essa hora ela nem estava mais aqui.
_ O que? –Bill diz surpreso. – Mas...
_ Mas nada Bill. Eu a convenci de ficar e espero que vocês pelo menos peçam desculpas e tentem pelo menos ser gentis com ela, sem cobrar nada e o principal... Não toquem mais nesse assunto, isso a faz sofrer demais e eu realmente não quero vê-la chorando mais.
Assim que terminei de falar com eles fui pro quarto e não demorou muito para que Gustav aparecesse.
_ Hey, o que vamos fazer hoje a noite?
_ Como se aqui tivesse alguma opção de balada né? –Eu disse tirando a camiseta.
_ Tem horas que você é um completo idiota sabia? –Ele disse deitando na cama. – Tô querendo dizer se vamos ficar aqui sem fazer nada ou vamos pra cidade... Sei-lá ir a lanchonete... Sorveteria...
_ Podemos ir pra sorveteria ou para aquele barzinho de motoqueiros.
_ Tinha me esquecido do barzinho, mas... A Manu bebe?
_ Tem certeza que sou eu o idiota? –Eu disse rindo.
Logo peguei minhas coisas e fui tomar banho ainda pensando em tudo o que havia acontecido essa tarde, eu ainda não conseguia acreditar que eu e Manu estávamos finalmente juntos.
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Pov de Bill
Eu estava sentado embaixo de uma árvore pensando nas merdas que eu estou fazendo, sei que estou afastando a Manu, e o pior é que não consigo me controlar. Eu estava em um conflito interno terrível quando Gustav apareceu todo empolgado.
_ Que alegria toda é essa?
_ Vim avisar que mais tarde vamos sair.
_ Com esse clima?
_ Larga de ser chato e vai lá falar com a Manu... Simples. Viemos aqui pra nos divertir e não pra brigar.
_ Você tem razão. –Eu disse me levantando.
Sem perder tempo fui até o quarto e bati na porta e logo escutei um “entra”. Manu estava deitada mexendo no celular e assim que me viu ela se sentou me olhando com uma carinha triste.
_ O que foi?
_ Eu queria me desculpar com você... Não queria ter gritado e... –Eu disse me sentando em sua frente.
_ Tudo bem, eu realmente não te conheço e pelo visto você não quer que eu te conheça, então fim de assunto. E não se preocupe que eu não vou mais me intrometer na sua vida.
_ Eu fui um idiota por ter falado aquilo. Pra falar a verdade nem sei por que eu falei. Só tenho medo... –Eu disse abaixando a cabeça e fitando o chão.
_ Medo de que?
_ Medo do desconhecido... Medo de te perder sem ao menos te ter...
_ Antes de tudo somos amigos... Eu acho... –Ela disse ainda triste. –E amizade é algo que valorizo muito. Deixei meus melhores amigos na Itália... Você não sabe como ainda está doendo... Conheci vocês e foi a melhor coisa que me aconteceu... Acredite. Eu só não quero ver vocês brigando por minha causa.
_ Prometo que não vou mais brigar. –Eu disse dando um sorriso de canto. – Agora se arrume, vamos sair e zoar um pouco. –Eu disse pegando-a pela mão. – Vamos nos acabar. –Eu disse empolgado.
Logo sai do quarto para que ela se arrumasse e fui fazer o mesmo e em 45 minutos eu finalmente fiquei pronto e assim que cheguei na sala todos me olhavam de um jeito estranho.
_ Que foi?
_ Até a Manu que é mulher foi mais rápido que você cara... To te estranhando. – Disse Gustav.
_ Cala a boca seu merda, você acha que é fácil assim ficar lindo? –Eu disse todo convencido.
_ Já vão começar vocês dois? –Manu disse rindo. –Agora vamos porque eu quero me divertir muito hoje.
Logo ela pegou em minha mão e na mão de Gustav e nos conduziu até o carro, eu estava vendo que a nossa noite só estava começando.
Pov de Georg
Ficar disputando Manu com esses dois não estava dando muito certo, estou apavorado de perdê-la assim pra eles, como sempre acontecia. Sempre é assim, quando estou realmente gostando de alguma garota, eles aparecem e atrapalham tudo. Somos amigos, mas as vezes penso que não, pois amigos de verdade não fazem isso um com o outro certo?
Eu estava tentando me convencer disso quando finalmente Bill resolve descer e logo fomos pra nossa noitada. No carro foi uma zoação só, eu até tentava me empolgar, mas realmente não estava conseguindo, até que para meu alivio chegamos ao barzinho e pela cara do Tom, ele parecia não ter gostado da ideia.
_ Porque esse bar? –Ele disse seriamente.
_ Algum problema com esse bar em especifico Tom? –Eu disse curioso.
_ Não. –Ele disse desviando o olhar.
Logo descemos, enquanto Bill estacionava o carro. Riamos das gracinhas de Gustav quando Tom se juntou a nós com a cara não muito boa e logo entramos. Ele parecia nervoso, olhava para os lados como se procurasse alguém, até que ele para seu olhar e estreita os olhos e pronunciar algo que não deu pra entender devido ao som alto. Ele olhava para uma garota que estava no balcão, com toda a certeza ele a conhecia.
Depois de pegarmos uma mesa ao fundo, ele se sentou de costas para o balcão e logo um rapaz veio nos atender e depois de fazermos nossos pedidos o rapaz sumiu por entre as pessoas, pois o lugar estava bastante cheio. Vi ele cochichar algo no ouvido de Manu e logo em seguida ela ficar tensa, com certeza eles conheciam a garota do balcão e eu sabia que isso iria acabar em merda, como sempre.
Minutos depois o rapaz trouxe os nossos pedidos e bebíamos animadamente até que a garota do balcão vai se juntar a mais três amigas. Elas conversavam animadamente até que uma delas da sinal para a morena que logo se vira e encara por um breve momento a nossa mesa, fala algo com as amigas e logo elas começam a vir em nossa direção, eu estava vendo aí o inicio de uma grande confusão.
_ Oi loirinho... –Ela disse com um largo sorriso.
_ Ah... Oi Mayara. –Ele disse bebendo um gole grande da cerveja.
_ Vejo que hoje trouxe seus amigos e... Sua namorada. –Ela disse olhando para Manu.
_ Você não perde tempo hein Tom. – Eu disse para provocar, eu queria saber o que estava rolando entre eles.
_ Cala a boca Georg! –Ele disse me fuzilando com os olhos.
_ Não vai me apresentar aos seus amigos? –Ela disse sapeca.
_ Esses são meus amigos Georg. –Ele disse se referindo a mim. – E Gustav, e aquele é o meu irmão Bill e a Manu você já conhece. Galera... Essa é a Mayara.
_ Oi rapazes. –Ela disse com um largo sorriso. –Essas são minhas amigas, Gabrielly, Amanda e Brenda.
_ Olá meninas. – Gustav disse alegre até demais.
Bill apenas assentiu com a cabeça e eu apenas dei um aceno com a mão para as garotas que nos olhavam com cobiça, seus olhos transbordavam desejo, ou elas eram ninfomaníacas ou estavam bêbadas mesmo.
_ Você não se importa de nos juntarmos a vocês não é? –Ela disse toda dengosa.
Quando Tom foi responder, Gustav se apressou dizendo para que elas ficassem a vontade, só vi Manu bufar e Tom fechar a cara. Amanda veio se sentar ao meu lado, Brenda ao lado de Gustav, Gabrielly do lado de Bill e Mayara se sentou ao lado de Tom.
_ Porque que algo me diz que isso não vai acabar bem? – Bill disse me puxando de lado.
_ Pelo simples fato de que isso envolve o Tom... Mais alguma duvida?
_ Mas e aí Tom, feliz com o namoro? –Ela disse alternando o olhar entre Tom e Manu.
_ Namoro? –Bill diz confuso.
_ Hey... Acho que isso não te diz respeito... –Disse Manu seriamente.
_ Não me diga que era um segredo... ? –Ela disse sínica.
_ Viemos aqui pra beber e nos divertir! – Disse Gustav tentando mudar de assunto.
Logo ele chamou o garçom novamente e pediu mais uma rodada de cerveja, eu estava vendo a hora que a tal de Mayara iria pular no pescoço de Manu. Gustav logo foi ao banheiro e não demorou muito para a loira ir atrás de Gustav, aquele sim iria aproveitar bem a noite. Já a morena ao meu lado só faltava pular em meu colo e Bill já estava ficando incomodado com Gabrielly se insinuando toda hora pra ele. Já Mayara sempre dava um jeitinho de tocar Tom o que estava deixando Manu cada vez mais irritada, até que me ocorreu algo pra descobrir o que estava acontecendo, vi Manu se levantar e ir até o balcão e fui atrás.
_ O que foi Manu? De onde vocês conhecem essa garota?
_ Eu a conheci hoje na lanchonete. –Ela disse dando sinal pro barman.
_ E está morrendo de ciúmes, acertei?
_ Claro que não, só não gosto de pessoas que atravessam sabe... Se metem na conversa sem ser chamado... Essas coisas.
_ E quanto ao lance do namoro?
_ O Tom que me apresentou a ela como futura namorada, meio que pra dispensar ela, pois ela brotou do inferno em uma conversa nossa.
_ Pois não, o que vai querer? – Disse o barman interrompendo nossa conversa. – Duas tequilas pra mim.
_ Wow! Tem certeza disso? –Eu disse surpreso.
_ Sim... Vai querer também?
_ Não... Eu estou de boa...
Nisso o barman foi providenciar o pedido e não demorou muito para que ele aparecesse com duas doses, que Manu virou de uma vez um e depois o outro sem fazer cara feia. Nisso começou a tocar uma musica lenta ao fundo e Manu me puxou pra dançar com ela.
Pov de Tom
Ter essas garotas em nossa mesa estava sendo o meu pior pesadelo, pois Mayara dava em cima de mim descaradamente e eu estava vendo que Manu não estava gostando nada, então o jeito foi beber e muito. Eu já estava muito bêbado, Gustav havia sumido, provavelmente estava nos amassos ou mais que isso com a loira dele, Bill parecia muito bêbado também, pois já estava xingando a morena em alemão, até que vi Manu se levantar e ir até o balcão, tentei ir atrás, mas Mayara me segurou e Georg foi atrás dela. Mayara falava algo, mas eu nem dava bola, eu apenas observava Manu de longe, até que pra minha surpresa Mayara me puxa pra um beijo selvagem.
_ Ta maluca garota? –Eu disse tentando empurrar Mayara, mas em vão, eu estava bêbado demais.
_ Fala serio loiro, a outra não está nem aí pra você...
_ É ela que eu amo, entenda Mayara! –Eu disse ficando em pé.
Fui caminhando até Manu, mas no meio do caminho Mayara me puxou novamente e me deu outro beijo fazendo com que eu me desequilibrasse um pouco, e por instinto acabei colocando as mãos em sua cintura, fazendo com que nosso beijo fosse real de minha parte. Quando me livrei dela, me virei pra ver Manu, mas ela não estava mais em meu campo de visão. Tentei ir atrás, mas senti mãos me segurando, tudo ficou escuro e não vi mais nada. Se minha vida já era uma merda, agora sem Manu iria ser um inferno.
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