O sol mal despontava quando acordei com a luz suave entrando pela janela. Ge ainda dormia serenamente ao meu lado, os raios de luz iluminavam seu rosto tranquilo. Lembrei-me da noite anterior, do trabalho árduo para finalizar aquela tarefa e do filme que assistimos antes de adormecermos no sofá.
Esfreguei os olhos e levantei-me com cuidado para não acordar Ge. Fui até a cozinha e preparei um café rápido, revivendo mentalmente a rotina daquele dia. Logo teria que ir para o hospital, mais um plantão me aguardava.
Após um banho rápido, vesti uma roupa confortável e dei uma última olhada em Ge. Ele continuava dormindo, tranquilo como se nada o perturbasse. Peguei minha bolsa e sussurrei um “até logo” antes de sair.
A cidade estava despertando quando cheguei ao hospital. O dia começava movimentado, com enfermeiros correndo de um lado para o outro e os pacientes esperando por atendimento. Adentrei a rotina frenética da emergência e me concentrei em ajudar da melhor forma possível.
O tempo voou entre atendimentos, diagnósticos e procedimentos médicos. À medida que as horas passavam, o cansaço começava a se fazer presente, mas o compromisso com os pacientes era minha prioridade.
Ao final do turno, exausta, refleti sobre a noite anterior. Ge e eu havíamos compartilhado uma noite tranquila, um momento de cumplicidade e companheirismo que raramente tinha a chance de desfrutar.
Despedi-me dos colegas e saí do hospital, ansiando por um descanso merecido e grata por ter alguém como Ge ao meu lado, uma amizade verdadeira em meio a um mundo tão frenético. Ao chegar em casa, ele já não estava mais, uma pena, adoraria ter ele em casa me esperando.
Já em meu quarto, deixei minha bolsa, retirei a roupa e fui para o banheiro, eu só queria um banho no momento. Depois de um delicioso e relaxante banho, vesti apenas uma cueca feminina e caí na cama, não demorou muito para o sono me vencer.
Na manhã seguinte acordei ao som da campainha, estranhei, pois não estava esperando ninguém. Vesti um roupão e fui ver quem era e assim que abri a porta, encontrei um Tom todo sorridente e dois homens enormes ao lado deles.
_ Oi. - Ele disse todo sorridente. Podemos entrar?
_ É… Pode. - Eu disse confusa.
Esperei eles entrarem e fechei a porta. Fui direto pra cozinha com um Tom todo falante atrás de mim.
_ Esse é Isaac, ele disse apontando pro loiro, e esse é o Jonny. - Ele apontou para o moreno. - Eles trabalham pra mim e pro Bill, então conversei com eles e agora eles trabalham pra você. Pode ficar tranquila que eles são de confiança.
_ Obrigada. - Eu disse lhe dando um abraço. - Eu realmente estava enlouquecendo com o Leonard vindo aqui na hora que quisesse.
_ Não gostei dele. - Ele disse fazendo uma careta. - Eles vão estar sempre com você, tanto na sua casa quanto no hospital.
_ Eu sei que tenho que ficar a par dos negócios, mas lidar com aquele idiota me tira do sério! Eu queria poder me livrar dele logo, mas o que eu posso fazer?
_ O Bill já entrou em contato com os nossos advogados, eles estão trabalhando pra deixar esse cara o mais longe possível. É questão de tempo.
_ O que eu faria sem vocês dois? - Eu disse o puxando para cozinha comigo. - Hey rapazes fiquem a vontade pra pegar o que quiser pra comer.
Logo eu fui preparar o nosso café da manhã. Eu pegaria meu turno só depois do almoço, então passei a manhã toda conhecendo meus novos seguranças. Assim que comecei com os plantões minha rotina mudou. Festas, pegação… Tudo estava no passado agora, mas havia alguém que ainda me rondava… Assim que o carro parou, vi Gerard parado em frente ao hospital e assim que ele me viu um lindo sorriso surgiu em seus lábios.
_ Gerard, o que faz aqui?- Perguntei surpresa, pois nem nos encontrávamos mais por causa dos nossos horários.
_ Oi, Manu. - Ele disse me cumprimentando com um beijo no rosto. - Recebi uma ligação estranha e senti que algo estava errado. Vim ver se você estava bem. - Ele disse preocupado.
Antes que pudéssemos continuar nossa conversa, ouvimos as sirenes de uma ambulância se aproximando rapidamente. Uma emergência estava chegando. O barulho ecoou pela rua e o veículo parou bruscamente na entrada do hospital.
Assim que as portas da ambulância se abriram, uma equipe já estava com uma vítima mobilizava, e não demorou muito para que outra ambulância estacionasse logo atrás, eu estava vendo que nossa tarde seria tensa.
O cenário era de caos controlado: chegadas em macas, algumas gemendo de dor, outras inconscientes. Eu e Gerard trabalhamos juntos, cada um desempenhando seu papel na tentativa de salvar vidas.
O tempo parecia voar enquanto nos dedicávamos às vítimas, a adrenalina pulsando em meio à tensão e ao esforço conjunto para estabilizar os feridos.
Apesar da pressão do momento, a sincronia entre nós era evidente, como se já tivéssemos trabalhado lado a lado muitas vezes. A urgência em salvar vidas dominava nossas ações, focadas no tratamento imediato para minimizar os danos dos feridos.
Após várias horas de esforço intenso, a situação se estabilizou. O ritmo acelerado do atendimento deu lugar a uma calmaria relativa. Olhando ao redor, percebi o quanto nós dois funcionávamos juntos, estávamos com aparência cansada, mas satisfeitos por terem feito o possível para ajudar.
_ Obrigada por estar aqui. - Eu disse encarando Gerard. - Você foi incrível.
_ Sempre, Manu. Estamos juntos nisso. - Ele respondeu com um sorriso reconfortante. - Você também esteve incrível.
_ Ainda bem que sabem disso. - Disse o meu supervisor, mas de onde foi que ele brotou? - Quero vocês dois juntos a partir de hoje. - Ele disse saindo tão rápido quanto chegou.
Logo fomos pro vestiário nos limpar e trocar de roupa. Assim que nos trocamos, fomos direto para a lanchonete pegar café, precisávamos, já que teríamos um plantão longo.
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