Depois de nos despedirmos Bill saiu com o carro novamente.


 


_ O que você vai fazer agora?


 


_ Não sei, acho que vou ver um filme ou mexer na net, ou até mesmo cair na piscina a noite porque?


 


_ Posso te fazer companhia?


 


_ Pra que? Pra tentar me atacar como você fez na lanchonete? Acho melhor não.


 


_ Vai dizer que não gostou? – Ele disse todo sedutor passando a língua no pircing.


 


_ Não. –Eu disse sem graça.


 


_ Se não gostou porque ficou toda arrepiada? –Ele sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar novamente. –Viu só! –Ele disse passando a mão em meu braço. – Que delicia... – Disse dando um beijo no meu ouvido que me fez gemer baixo onde apenas ele escutou.


 


Quando olhei pra frente vi Bill me secando com uma cara brava muito fofa, será que ele estava com ciúmes? Será que ele estava afim de mim? Perdida em meus pensamentos levei um susto quando senti a mão de Tom deslizando em minha cintura e sua língua brincando em meu pescoço.


 


_ Para com isso! –Eu disse baixo me afastando dele e me sentando junto à porta. –Tem mais gente aqui!


 


Pareceu séculos quando finalmente chegamos a casa da loira psicopata. Claro que ela não iria deixar por menos e se despediu dele com um beijo cinematográfico que ele correspondeu sem hesitar. Ai que raiva! Se ele não gostava dela porque a correspondia? Isso só prova que os homens são todos uns bandos de sem vergonhas descarados. Voltamos pra cobertura em silêncio, apenas Tom ficava me mandando beijos, piscadelas, passava a língua no pircing me provocando. Bill apenas olhava pelo retrovisor com a cara seria.


 


Assim que chegamos, Tom me ajudou a descer do carro e na primeira oportunidade ele me abraçou por trás me dando um beijo no pescoço.


 


_ Nossa! Você tem que arrumar uma namorada urgentemente garoto! –Eu disse me soltando.


 


_ Da pra parar com isso vocês dois? –Bill disse mal humorado, entrando no elevador e apertando os botões e logo a porta se fechou.


 


_ Seu irmão que tenta me agarrar e eu que levo a culpa?


 


_ Se você não quisesse ele não estaria fazendo isso.


 


_ Do mesmo jeito que você passou a noite toda dispensando a sua namorada pra chegar no final dar aquele beijão de desentupir pia nela?


 


_ Você não tem nada haver com isso! A namorada é minha e eu faço o que eu quiser com ela!


 


_ Agora ela é sua namorada? Vocês dois se merecem sabia? Dois loucos... Só assim pra um entender o outro melhor!


 


_ Hey vocês dois! –Disse Tom entrando no meio da gente. –Calma aí! Parecem um casal de namoradinhos brigando!


 


_ Eu e ele? –Eu disse debochadamente. –Jamais eu daria o meu primeiro beijo em alguém como ele! Quanto mais namorar!


 


_ Você nunca ficou com ninguém? –Tom disse surpreso.


 


Merda, agora ferrou! Como pude dizer aquilo? Na frente de dois garotos?


 


_ Que lindo! Eu nunca vi ninguém na sua idade ser BV!


 


_ Que ótimo! Vai ficar me zoando por causa disso agora? Vai contar pra todo mundo? –Eu disse roxa de vergonha, Bill me olhava com uma cara estranha.


 


_ Espera... Não entendi uma coisa... Porque sua amiga te chamou de Diaba?


 


_ Tenho mesmo que responder a essa pergunta? –Eu disse sem graça.


 


_ Sim. –Disse Tom.


 


_ Não. –Disse Bill ao mesmo tempo.


 


Vendo que Tom não me deixaria em paz resolvi contar o porque do apelido.


 


_ Os garotos do colégio me apelidaram de Diaba. Eu achava que eles me chamavam assim porque eu sou feia, mas minha melhor amiga dizia que era porque eu era uma verdadeira tentação. Alguns carinhas chegaram a me convidar pra sair, mas eu sempre recusei, pois sou muito tímida, então eles acharam que eu era uma garota muito difícil, e por isso eles nem chegavam em mim com medo de levar um fora.


 


_ Gostei do apelido. –Disse Tom sacana.


 


_ Eu odiei. –Bill disse com cara de nojo.


 


_ Diaba... –Tom disse pensativo. –Minha Diaba...!


 


Nisso eu me virei e uma lagrima caiu, e para meu alivio a porta finalmente se abriu.


 


_ Me desculpe por te atrapalhar. –Eu disse olhando pra Bill. –E não se preocupe, eu não vou mais te perturbar com a minha presença.


 


_ Não Manu! –Disse Tom me segurando. – Espere!


 


_ Me solta! –Eu disse chorando.


 


_ Deixa ela ir Tom! –Bill gritou. –Eu nunca deveria ter te ajudado! Eu deveria ter te deixado no chão desse maldito elevador chorando!


 


_ Você está maluco, cara?! Isso é jeito de falar com uma garota?


 


_ Vai a merda Tom! Você só está tratando ela bem pra ver se consegue comer ela! Vai lá! Quem sabe você tire a sorte grande e tire a virgindade dela!


 


_ Seu grosso! –Eu disse saindo e vendo que Tom estava saindo do elevador eu apenas me virei. –Vai embora você também! –Eu gritei. –Eu não preciso de você!


 


Nisso eu saí sem olhar pra trás, eu tentava abrir a porta, mas em vão, eu estava tremendo demais e logo senti alguém retirando as chaves da minha mão e logo a porta foi aberta. Tom me abraçou apertado ali na porta mesmo.


 


_ Shiii... –Ele disse afagando meus cabelos. – Se acalme. Não ligue pro meu irmão, ele é bipolar e quando está de mal humor ataca até a sombra dele.


 


_ Hoje de tarde ele foi tão amável comigo... –Eu disse entre soluços.


 


_ O Bill é um idiota.


 


Logo Tom me levou pra dentro e fechou a porta. Depois de me perguntar onde era meu quarto ele me levou até lá e me deitou na cama.


 


_ Fica aqui comigo até eu dormir? –Eu disse aos prantos.


 


_ Claro que eu fico. –Ele disse se deitando comigo em forma de conchinha.


 


Tom estava sendo muito fofo comigo, ficou cantando ao meu ouvido até eu adormecer em um sono profundo.



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