Bill

O que tenho que fazer para que todos entendam que a mulher que amo e quero ao meu lado é a Alexs? Não consigo aceitar o fato de não estarmos juntos porque sua melhor amiga me ama incondicionalmente e a culpa por isso. Percebi o seu joguinho e farei de tudo para reverter isso tudo, ela está se aproximando do meu irmão para me manter longe dela e o que me irrita é que ele está se aproveitando disso.

 

Tenho que bolar algo para me aproximar dela, mas com a Ana colada em mim fica difícil. Então foi pensando nisso que pensei em ter uma conversa com ela e deixar bem claro de que entre nós não haverá nada. Eu estava pensando nisso quando escuto a campainha tocando fui atender e dei de cara com uma Ana sorrindo, toda alegre, naquele mundinho cor de rosa que tanto me irrita.

 

— Preciso falar com você. – Ela disse com um sorriso que me deixo mais pra baixo se é que isso é possível e logo foi entrando.

 

— Eu também preciso falar com você. – Eu disse sério fechando a porta e a acompanhando até a sala.

 

— Deixa eu falar primeiro. – Ela disse empolgada. – Hoje vai ter uma festa!

 

— Festinha dos populares... – Eu disse revirando os olhos. – E o que eu tenho a ver com isso?

 

— Eu falei com a Alexs e o Tom e marcamos de irmos. Então pensei em convidar você.

 

Estava aí a minha oportunidade de ficar a sós com Alexs.

 

— Ok estou dentro. – Eu disse sem humor algum. – Onde e que horas?

 

— Mais tarde eu mando o endereço pra vocês. – Ela disse em uma felicidade que estava me enjoando.

 

— Que fique bem claro que eu estou indo pra me divertir e não para um encontro com você. – Eu disse diretamente para que ela não criasse esperanças entre nós.

 

— Seja sincero uma vez na vida e diga que você está indo por causa da Alexs. – Ela disse ficando seria.

 

— Olha me desculpa se sou grosso é que não quero que você crie esperanças em que vamos ficar juntos e vivermos felizes para sempre.

 

— Você nunca vai me perdoar, não é? Vai me condenar pro resto da vida pelo ocorrido.

 

— Sei que você é fã, sei do seu amor pela banda e tals, eu realmente aprecio isso, mas até pensar que vai viver um conto de fadas comigo, aí já é algo surreal.

 

— Mas a Alexs é fã do mesmo modo que eu, o que ela tem de diferente? – Ela disse parecendo estar muito magoada.

 

— Nos conhecemos em circunstâncias diferentes, totalmente por acaso e essa falta de noção dela só ajudou para as coisas entre nós fluírem normalmente. Ela é fã, mas em todos os momentos que passamos juntos ela não estava com o Bill Kaulitz, vocalista da banda Tokio Hotel e sim o Piriguete Rokeira, o cara que ela conheceu em uma boate. Pela primeira vez na vida conheci uma mulher que me notou realmente como sou e não a minha fama isso que me encantou nela, ela foi sincera comigo desde o início, se alguém foi desonesto nessa história foi eu e o Tom. Raramente quando conversávamos de coisas que ela gosta ela tocou no nome da banda, dizia que eu era muito parecido com o Bill, mas logo mudei meu estilo não dando a chance dela chegar a verdade sobre nós.

 

— Então...

 

— Sim, estávamos juntos sem ela saber quem eu era. Ela sempre me disse sobre a verdadeira adoração que a melhor amiga dela tem por Bill Kaulitz, ela até dizia que eu era um homem proibido porque eu pertencia a você. Então ela realmente não tem culpa de nada, não tinha o porquê de você condená-la daquela forma.

 

Nisso Ana começou a chorar, sentindo culpa de como tratou Alexs.

 

— Ela é minha melhor amiga, sei que ela tem sérios problemas, sempre estive com ela desde o começo, mas o ciúmes me cegou. Eu deveria ter vigiado de perto, eu não sabia que ela estava piorando.

 

— Do que você está falando? – Eu disse preocupado.

 

— O acidente que ela sofreu foi feio demais, todos pensaram que ela havia morrido, mas a encontraram entre as ferragens, Thor a protegeu com o próprio corpo, ela ficou em coma porque bateu a cabeça e isso teve consequências serias. No início quando ela acordou ela não me reconheceu e nem mesmo a família, isso levou um tempo até a memória dela voltar e ela se dar conta do acidente e da morte de Thor. Ela nunca se perdoou por isso. Ela toma remédios muito fortes para a cabeça, porque às vezes da surto nela, ela tem pesadelos horríveis que ela acha que são reais, ela não consegue guardar as coisas na cabeça, as vezes dá branco nela na prova, isso é desesperador.

 

— Você acha que ela está tomando os remédios direito?

 

— Conhecendo-a como conheço eu tenho certeza que não.

 

— Temos que ficar em cima, não podemos deixar que algo pior aconteça.

 

Ficamos um bom tempo conversando sobre Alexs, tínhamos que acompanhá-la de perto.

 

 Tom

Depois de falarmos com Ana, eu e Alexs fomos direto para um restaurante no centro almoçar. Conversávamos banalidades até que o celular dela apitou e ela rapidamente deu uma olhada, mas logo o desligou.

 

— Quem era? – Eu disse totalmente curioso.

 

— Um amigo. É que sempre estudamos e fazemos nossos trabalhos juntos e hoje eu não apareci, mas já o respondi.

 

— Mais um pretendente?

 

— Eu gosto muito do Scott, ele sempre me ajudou com a matéria, é um ótimo amigo. Ele parece que está a fim de mim, mas ele sabe que não rola.

 

Assim que terminamos fomos direto para sua cobertura, passamos a tarde toda juntos vendo filmes. Já no final da tarde recebi uma mensagem de Ana com o endereço da festa, me despedi de Alexs, já combinando de buscá-la mais tarde pra irmos juntos a tal festa.

 

Ao chegar em casa tomei um banho e fui descansar um pouco, estranhei da casa estar em um silêncio total, Bill não se encontrava então fui pro quarto me deitar e ver TV até o horário de me arrumar. Não sei quanto tempo se passou até eu ouvir barulho, olhei no relógio e eram umas 10 horas da noite, não demorou muito para que Bill batesse na porta e entrasse antes mesmo de eu dizer alguma coisa.

 

— Que horas você vai sair daqui?

 

— Umas onze e meia porquê?

 

— Só pra saber, eu ainda tenho que pegar a Ana.   

 

— Vocês finalmente se acertaram? – Eu disse com um fio de esperança.

 

— Tira esse sorrisinho da cara, você sabe quem eu realmente amo. – Ele disse mal humorado.

 

— Mas ela não te quer, por que não tenta entender isso?

 

— Sei dos problemas que ela enfrenta, sei que realmente não teve a intenção de magoar a Ana e ela também sabe disso. Juntos vamos tentar chegar a uma solução. A Alexs realmente precisa de ajuda e sabemos que juntos podemos ajudá-la.

 

— Você fala de um jeito... – Eu disse preocupado.

 

— O importante é nos unir nesse momento... A Alexs precisa da nossa ajuda.

 

Aquela conversa realmente foi estranha e confesso que me apavorei. Ele deu a entender que a qualquer momento possa acontecer algo com a Alexs. Foi pensando nisso que fui para meu quarto me arrumar e dando a hora saímos, eu indo buscar Alexs e Bill indo buscar a Ana.

 

12:15 da madrugada – Casa de Gregory Montgomery

 

 

 Alexandra

Assim que chegamos a tal festa o lugar estava bombando. Som muito alto, estava apinhada de pessoas desconhecidas, mas eu sabia que Scott estaria aqui, ele sempre estava nos lugares mais badalados. Ao estacionar o carro Tom logo mandou uma mensagem para Bill para saber onde ele estava e não demorou muito para que ele recebesse a mensagem. Saímos do carro, Tom travou tudo e fomos caminhando em silêncio até a entrada, até que Bill e Ana apareceram em nosso campo de visão e veio falar com a gente. Depois de nos cumprimentar logo fomos entrando. Estávamos circulando quando sinto mãos em minha cintura e quando me viro vejo um Scott sorridente, me puxando para um beijo estalado na bochecha.

 

— Você veio princesa! –Ele disse alegre demais, com certeza já estava alto pela bebida. – Vejo que trouxe seus amigos. – Ele disse debochadamente olhando pra eles.

 

— Esse é o Tom, o irmão dele Bill e a Ana. – Eu disse indicando cada um deles. – Gente, esse é Scott Pratt.

 

— É bom conhecer os amigos da minha garota. – Ele disse debochadamente dando um beijo no meu pescoço.

 

— Sua garota está com sede. – Eu disse entrando na dele.

 

Ele não disse nada e apenas nos conduziu até o barzinho e logo fez o pedido e não demorou para sermos servidos, vodca, ele realmente estava querendo ficar louco.

 

— Vodca... Alguma comemoração especial? – Eu disse pegando o copo que ele me ofereceu.

 

— Sim, temos que comemorar com estilo a saída da nossa coelhinha da toca.

 

— Nossa que exagero! – Eu disse rindo.

 

Nisso virei o copo com tudo, bebendo sem fazer cara feia, como se fosse um copo com água. Quando olhei para Bill, Tom e Ana eles me olhavam estranhos.

 

— Que foi?

 

— Vai de vagar. – Alertou Ana.

 

— Vocês não queriam que eu me divertisse? É o que estou fazendo. – Eu disse sínica.

 

Logo nos misturamos, eu peguei Tom pela mão e fomos direto pra pista improvisada. Notei que Bill ficou ao longe me observando, mas preferi não de muita atenção. Depois de umas três músicas, Tom pegou minha mão e me conduziu para os fundos da casa.

 

— Já cansou?

 

— Não... Só queria um tempo a sós com você. – Ele disse sentando-se no banco e me puxando pra sentarem seu colo.

 

— E como andam as coisas com a Ana e o seu irmão? Eles já se acertaram?

 

— Não, mas ela está tentando.

 

— Eu estou na torcida por eles, sinceramente quero que eles se acertem. E nós?

 

— O que tem “nós”?

 

— Como anda?

 

— Se depender de mim muito bem. – Ele disse com um largo sorriso. – E você?

 

— Está indo... – Eu disse fazendo graça. – Mas falando sério... Eu estou querendo fazer algo amanhã... Não quero ficar de bobeira.

 

— O que acha de passarmos o dia juntos?

 

— Amei a ideia... Me surpreenda senhor Kaulitz. – Eu disse dando-lhe um selinho rápido.

 

— Atrapalho? – Bill disse brotando do inferno na nossa frente com um sorrisinho sínico.

 

— Não. – Eu disse sem graça.

 

— Hey Tom... Preciso de você...

 

Logo Tom saiu com Bill me deixando sozinha no banco, eu estava vendo que seria difícil de tirar o Bill da minha cola.

 


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